sábado, 6 de novembro de 2010
Eu, sem Mim
Sonhava com as vidas que fugiam ao meu controle.
Não seria tão avassalador esperar.
Conheci as minhas rotinas.
Exaustidão.
Andei por sobre as estrelas, toquei as ondas.
Senti o frio que os sonhos proporcionam.
O medo da noite cercou-me,
Inteiramente.
Todo o desejo era ver o mar.
Este não foi paciente o suficiente para esperar a minha chegada.
Não seria eu egoísta.
Não queira eu o abandono.
A covardia escorre aos dedos, a galopes.
Eu, seja realista.
Busque o que perdi nos jardins do Sol.
Eu, está a vagar entre as entrelinhas do tempo.
Pois, viver é contar horas em relógio cansado.
Eu, caminhante.
Eu, circundante.
Apenas mais uma razão inotável às ruas.
Frias e escuras.
Amargas e indolores, doces como águas.
Possuía um ar pautado de tinta de escrever,
Para as palavras alcançarem sentidos.
Com palavras me perco.
Sem as tais, caminho na vastidão procurando, Eu.
Elas, as palavras, são capazes de revirar quarteirões inteiros no ato.
Encontrá-las sabiamente seria ouvir um mantra, capaz de resgatar amores perdidos,
Ou um Eu que vaga.
Eu, anda tão sem mim.
Parece até que compreendeu que as horas o faz assim.
Mim.
Eu.
Suplico, voltem até Mim.
Por: Rafael Gomes
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