segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tempos de Chuva


Deixe-se envolver.
Entregue-se.
Permitas que chegue, invada a sua vida tão imprecisa.
É uma incerteza.
Choro dos Céus.
Incógnita não possuidora de enigma algum.
Infinito de gotas.
Ouça à janela de vidro detalhado, cravejado pelo falar adocicado.
Harmonia dos mundos.
Gritando todo o silêncio mortal, desesperador.
Sinta o derramar.
Pernoite em seu véu, envolvente.
Ouço o meu nome, Chuva.
Impacientemente aguardava a sua chegada.
Apenas me restou, chuva.
Ventos passaram, foram-se.
O sol não mais existiria.
Desesperadamente aguardava a sua chegada.
Chuva.
Ouço o tinir.
Choro por não ser um sábio de palavras.
Sou condolente pelo universo, sem brilho.
Sufoco por não sair de mim.
Não me contenho.
A canção da chuva.
Toques para que mantenhas-me vivo.
Lanço mão das palavras e desse falso brilho.
Venham os tempos.
Pois guardo aqui comigo todo o mover da chuva.
Mover.
Chover.
Crescer.

3 comentários:

  1. eu tb "Choro por não ser um sábio de palavras." se tu é, imagina eu =( pobre mortal, ai de mim...
    bjs, meu cravo, rs saudades tb ^^ adorooo =*

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  2. esqueci de comentar aqui. hahahahah
    fiquei falando no msn o q achei do texto, então vc já sabe...
    éer...
    eu, particularmente, sou apaixonada pela chuva.. acho mto bonita.. na verdade é só água, mas eu acho meio mágico desde criança. hahaha
    sou besta.
    mover. chover. crescer. ;D

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  3. Muito bonito o que você escreveu. Não sabia que vc tinha esse dom, Raphael. Continue expandindo e divulgando o seu blog. Ah, e sempre atualize-o, pois esse dom é único e raro, e, para os visitantes, é sempre confortante ler poemas tão bonitos.

    Bjos, e me avisa quando atualizar!

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