quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Canção de Despedida



Meu céu está cansado.
Mentiras suportadas. Não, eu não necessito.
O imenso, o infinito, inalcançável.
Com o tempo aprende-se que o inesgotável um dia seca, finda-se.
E esse andar do relógio, apenas me fez compreender. Eu não necessito.
Abaixo do sol, ninguém é totalmente insubstituível.
As marcas são profundas. Eu preciso aprender a caminhar só, comigo mesmo.
Repensar o quanto desejei, se era realmente, se não fui tolo o bastante.
Cantemos juntos a canção da despedida, será angustiante.
Não nos veremos, até que outra vida nos invada.
A canção da despedida.
A melodia será infinita e doce, como toda despedida.
As notas ressoarão por toda a eternidade, cristalinas.
Caminhemos.
Prometo que não olharei para trás. Derramaria lágrimas.
O meu íntimo está cansado.
Não, eu não sonhei assim desta maneira.
É um triste fim, fim.
Mas, qualquer livro tem final.
E será um livro que eu esquecerei na estante, esquecerei.
Não sentirei saudades dos dias, eles vem e vão.
A Despedida.
A nossa canção.
Meu céu está cansado.

Por: Rafael Gomes