Foto: Mateus Lima
Estavam nos esperando para provar numa folha qualquer de papel se realmente éramos bons, ou se ao menos havíamos aprendido como fingir a ser.
Após uma longa noite de desesperadora ânsia.
A verdade que nos moveria seria libertadora.
Como? Como seria possível estar preso a uma folha de papel?
Sim, por vezes a folha de papel precisa falar mais do que nós mesmos.
E por vezes, a verdade esperada nem sempre é aquela que estava por ser dita.
Pois, o além das verdades, está bem além das palavras.
Embora, foi dia de aprovação!
Foi também dia de brigas, desavenças.
Brigas? desavenças?
Não. Desentendimentos! Briga é feio...
Foi dia de morrer,
dia de nascer.
foi dia também de perder a identidade. Literalmente!
Parecia que era, como diz-se aqui no nordeste: "Dia de cão".
Mas quem que falou que se perder também não é se encontrar?
Perder, achar, não passa tudo de uma questão de óptica.
No fim, só depois de tudo, foi dia de alegria, de reconciliações.
As coisas boas não fogem a regra de virem sempre no fim das histórias mais bonitas.
Se cada dia nos traz uma nova lição, eis a de outrora:
O fim não tem fim.
O fim não vem depois do fim.
O fim começa sempre após o antigo recomeço, que nunca se espera que finde.
O que vem depois do fim?
O Recomeço.
Fez-se a insegurança,
fez-se o medo,
fizeram-se as intrigas,
fez-se o perdão.
Só então,
Fez-se três de dezembro.
Julio Cesar Cavalcanti e Rafael Gomes Oliveira
Série: Dicotomia.
No simples das palavras. Um texto que segue o tato literal que há em sentir.
ResponderExcluirSimplesmente Magnífico...Sem palavras.
ResponderExcluiroh menino pra saber escrever, meu Deus! bjs, meu bem...
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